Nova Veneza

Considerada a cidade mais italiana do Brasil, Nova Veneza preserva a cultura, os costumes e as tradições, trazidas pelos imigrantes italianos, chegados na região em 1891.

Porta de entrada na cidade, feita em pedra. Nas laterais, dois caldeirões, lembrando onde os italianos preparavam a polenta. Na parte superior, uma escultura do Leão de São Marcos, símbolo de Veneza.

Junto ao pórtico, uma escultura que representa um casal italiano, recepcionando os visitantes.

Vinícola Borgo

Localizada num castelo de pedras, com a belíssima vista rural, degustamos vinhos, sucos e licores, produzidos artesanalmente pela família. Local simples, mas que rendeu belíssimas fotos. Após as degustações, levamos para casa os tintos Assemblage e Alicante, o branco Goethe e o tradicional espumante Moscatel, saboreado na sacada do nosso hotel.

Casas de pedra

São 3 casas de barro e pedra de basalto, feitas pelos primeiros imigrantes italianos na região, em 1891. Na visita, vimos as dependências com móveis, quadros, ferramentas e utensílios da família. Segundo Rosemeri (guia), a cozinha ficava separada do restante da casa, pela preocupação de que a casa pudesse pegar fogo à noite. Na foto abaixo, a primeira casa funcionava apenas como cozinha. Na segunda casa (sobrado), ficavam a sala, os quartos na parte superior, o sótão, celeiro e a estrebaria.

Segundo o IPHAN (SC), “estas três casas formam um conjunto de casa-de-pedra classificados como excepcional, pois não há na América Latina um conjuntos de casas como estas e no mundo são raríssimas”, por isso são tombadas como Patrimônio Histórico Nacional e Patrimônio Arquitetônico do Estado.

As flores

A pequena cidade chama a atenção pelas casas (muitas em pedras) e seus canteiros floridos pela Alamanda, considerada a flor símbolo do município.

A gôndola

Situada no lago, junto a praça Humberto Bortoluzzi, está a gôndola Lucille, doada ao município, vindo diretamente do Vêneto, na Itália. É só chegar, sentar e fotografar, (se não tiver filas) e o melhor, é gratuito. É o ponto turístico mais visitado da cidade.

Gôndola Lucille

Na comemoração do centenário da colonização, a cidade ganhou um monumento, sendo uma roda d’água e ao lado numa parede de concreto, uma lista com os nomes das famílias italianas que chegaram neste pedaço de paraíso. Também consta ali, o hino do imigrante. Esta roda está localizada junto à gôndola.

Ponte dos namorados

A Ponte Dei Morosi é uma passarela para pedestres, sobre o Rio Mão Luzia. Ali, também os apaixonados podem eternizar seu amor, pendurando os cadeados.

Museu do Imigrante

Localizado na casa mais antiga de Nova Veneza, o museu expõe objetos dos imigrantes italianos, remetendo a cultura e a tradição, seja no aspecto religioso, na vida do dia-a-dia, no trabalho e na roça.

Igreja São Marcos

Localizada ao lado do Museu, está a Igreja Matriz, uma homenagem ao padroeiro de Veneza (Itália). O teto da igreja foi pintado pelo italiano Pedro Cechetto.

A foto abaixo apenas nos faz imaginar como deve ser o Carnevale di Venezia, que acontece durante a Festa da Gastronomia, anualmente e no momento suspensa pela pandemia. Segundo o proprietário da loja de souvenires, centenas de pessoas percorrem a praça e a rua dos Imigrantes, devidamente caracterizados de máscaras e trajes antigos. O baile de máscaras acontece no Pallazzo delle Acque.

Gastronomia

Há vários restaurantes com as delícias da comida típica italiana e mesa farta. Nos deliciamo no Ristorante Veneza, o mais tradicional da cidade, desde 1958.

Para nos despedirmos da cidade, um jantar para lá de especial na Casa do Chico Galeteria & Pizzaria. Um restaurante ainda mais charmoso do que o Veneza, onde comemos pizza e “galeto al primo canto”, muito saboroso. Nunca comi um galeto tão gostoso.

Caravaggio

Chegamos em Nova Veneza, pelo bairro de Caravaggio, distante a 6 km da cidade e nos surpreendemos com um belíssimo cartão postal. Mais um monumento que reflete a história da fundação da cidade pelos imigrantes. No lado esquerdo da foto, numa placa de aço, há texto homenageando os imigrantes italianos que fundaram o distrito e que trouxeram a sua religiosidade e devoção que dá nome a Caravaggio.

Pórtico de entrada do Distrito (bairro) de Caravaggio

Santuário Nossa Senhora de Caravaggio

Local aconchegante, de oração e paz interior! Atrás do altar, há uma gruta com água de fonte natural, aos pés de Maria. Nos hospedamos no Hotel Dolomiti, bem na frente desta Igreja. Da sacada do quarto, víamos esta bela arquitetura.

Aguaí Santuário Ecológico

Seguindo a dica do pessoal da Vinícola, fomos almoçar neste “paraíso”, um grande atrativo turístico, em Siderópolis, há 7 km de Nova Veneza.

Rio para a prática de caiaque e pedalinho, anfiteatro (segunda foto) com caixas de som tocando somente músicas italianas “em alto e bom tom”, estátuas e pontes de pedra, trilhas, hortas. Tivemos a oportunidade de ver o pavão com suas imensas asas coloridas. Fizemos uma trilha de 900 metros até o mirante com vista para a Represa.

A Igreja São Francisco de Assis, projetada pelo historiador italiano Nicolo Gava, é a menor Igreja das Américas e a segunda menor no mundo.

O típico do almoço italiano tem arroz, carne de gado ensopada com molho ao vinho, costelinha de porco, fortaia (típico da região, uma espécie de omelete mais saborosa), galinha ensopada, polenta, além de mandioca, massas, minestra, queijo colonial, salame, saladas e sobremesas e torresmo.

Santa Felicidade

Um sentimento especial, quando percorro a cidade e vejo algo que lembra a Itália. Assim, visitei novamente o bairro de Santa Felicidade, com um novo olhar. Almoçamos no Restaurante Velho Madalosso, comida tipicamente italiana, bem como os vários restaurantes que tem neste bairro.

Visita às instalações do Vinhos Durigan, espaço voltado aos turistas e que preserva os costumes e a cultura italiana.

Um dos portais, lembra a arquitetura grega. Esculturas representando uma família italiana, na Fonte de Água, com taça e garrafão de vinho na mão.

Painel que nos faz lembrar do vinho, bebida indispensável nas refeições italianas.

A Villa Gastronômica Rialto, é um espaço com alguns pequenos restaurantes e bares, que lembra uma praça de alimentação, com cadeiras ao meio, servindo todos os estabelecimentos.

As casinhas coloridas, lembrando a arquitetura italiana, oferecem diferentes pratos, além da comida italiana.

Uma gôndola, na entrada! Quase todos os restaurante deste espaço estavam fechados, devido à pandemia.

Serra Gaúcha

O sangue italiano em minhas veias despertou a vontade de conhecer cidades que trazem os sinais deixados pelos imigrantes italianos. Foi assim que percorremos as cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves e uma rápida passada em Garibaldi. Existem outras, mas o tempo de viagem foi curto.

Caxias do Sul

Iniciamos pela Estrada do Imigrante, caminho feito pelos primeiros imigrantes chegados na região. Percorremos de carro, a estrada com casas antigas, outras mais modernas, muitos parreirais secos nesta época, igreja e a atmosfera de ambiente rural.

Ainda na Estrada do Imigrante, chegamos na Gruta da Terceira Légua, um refúgio para relaxar. O canto dos passarinhos e o som da cascata são os únicos barulhos ouvidos por lá. São 150 degraus de descida para apreciar a gruta e seu entorno com cascata e muita natureza. Acredito que em ocasiões especiais tenha missa nesta gruta, pois tem bancos e altar de igreja.

Às margens da rodovia, está o Museu do Imigrante e o monumento dedicado aos imigrantes de forma geral, inaugurado em 1975. O Museu está fechado devido à pandemia.

Monumento Nacional do Imigrante

No Parque Mario Bernardino Ramos, onde acontece a Festa da Uva, a vila colonial de Caxias de 1885, está retratada por réplicas de casas de madeira, coreto e igreja. Estas casas retratam as residências dos primeiros imigrantes e obedecem a arquitetura original.

A escultura abaixo mostra Jesus em posição de meditação, olhos semicerrados, como se estivesse olhando a cidade. Neste espaço tem um mirante com vista para a cidade.

Monumento Jesus Terceiro Milênio

Museu Casa de Pedra, também remete ao passado dos nossos imigrantes italianos. Foi adquirida pela Prefeitura, em homenagem ao centenário da Imigração Italiana. Trata-se de uma linda casa feita de pedra e rejunte de barro e os objetos e móveis da casa, foram doados pela comunidade. É a única casa da época (séc. XIX), existente naquele local. No quintal da casa, há um parreiral, afinal eram moradores italianos.

No Museu Municipal, outros traços culturais de diferentes etnias.

A Igreja de São Pelegrino, mostra o trabalho do pintor italiano Locatelli. A pintura do teto representa o Juízo Final, lembrando muito as pinturas da Capela Sistina.

Finalizando o dia de passeios, com o prazer de sentar e degustar um bom café.

Farroupilha

Parque da Imigração Italiana no município de Nova Milano, inaugurado em 1975 por ocasião do Centenário da Imigração e revitalizado em 2016. Museu, playground, gôndola vinda da Itália e muito espaço verde. A última foto é um monumento com formas abstratas, representando a coragem dos imigrantes. O parque tem também uma réplica do leão alado de São Marcos (símbolo da cidade de Veneza).

Santuário Nossa Senhora de Caravaggio

Foi em mutirão, que alguns imigrantes italianos, católicos iniciaram a construção de um templo de alvenaria, num espaço onde havia uma pequena capela e a a comunidade passou a ser chamada de Nossa Senhora de Caravaggio, em homenagem a Nossa Senhora que apareceu na cidade de Caravaggio, na Itália. Atrás da Igreja, num belo espaço, há uma enorme escultura de Nossa Senhora, bem como o caminho da Via Sacra.

Depois destes passeios, fomos para o Hotel Nova Vicenza, no centro da cidade. No salão do café, um quadro com a história dos imigrantes e da fundação da cidade. Final de tarde, então visitamos a Igreja matriz Sagrado Coração de Jesus e caminhadas a esmo pela pequena cidade.

O Roteiro Caminhos de Pedra, concentra o maior acervo arquitetônico da imigração italiana e é uma região belíssima com colinas, rios, e morros.

O Roteiro Caminhos de Pedra é Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul

A produção dos vinhos está ao longo da estrada, bastando escolher alguma cantina ou vinícola para degustar vinhos, frios e biscoitos, comprar e ouvir as histórias de como tudo começou. Sempre se reportando aos antepassados italianos, como no caso da Vinícola Strapazzon, nossa primeira parada. A proprietária nos atendeu, relembrando seus bisavós vindos de Beluzzo, região norte da Itália. Pagamos 10,00 pela degustação e apreciamos vinhos muito bons.

A foto abaixo, mostra a Casa de Pedra de 1880, cenário do filme “O quatrilho (1995). A proprietária relatou como foram as gravações e as mudanças na casa. Depois disso, o local ficou famoso, sendo visitado por vários jornais e programas de televisão, como Globo Repórter e outros.

Alguns bancos são dispostos nesta área verde onde é possível contemplar as paisagens rurais.

Depois dos vinhos … mais vinho e comida italiana no Restaurante Nona Ludia, uma casa de pedra construída pelos imigrantes, por volta de 1880. As sobremesas pudim de claras e ambrosia estavam extraordinárias.

A cada olhar, uma construção, uma placa com escrita italiana, ciprestes italianos, aquela planta alta e linda, tudo trazendo o resgate de uma cultura, de uma história.

Vale dos Vinhedos

A região do Vale dos Vinhedos engloba Monte Belo do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves com dezenas de vinícolas (grande e pequeno porte), restaurantes, cantinas e lindas paisagens. Este local retrata a herança cultural, gastronômica e histórica deixada pelos imigrantes italianos que chegaram à Serra Gaúcha em 1875. Não visitamos Monte Belo, pois saímos de Farroupilha rumo à Garibaldi e no caminho, visitamos a Vinícola Miolo. Iríamos usufruir o Wine Garden, fazendo nosso piquenique, mas não foi possível, pois a Vinícola fechou às 12 horas. Então, visitamos seus arredores e compramos vinhos, sem degustação.

Garibaldi

Na Vínicola Don Laurindo, tivemos uma experiência excepcional, degustando 6 vinhos e 2 espumantes (foto abaixo). Vinhos de ótima qualidade, atendimento perfeito e local muito agradável. É possível escolher os vinhos a serem degustados através de 4 opções de cardápio. Optamos pelo Ícone, sem arrependimento.

Após esta degustação, o almoço foi no Restaurante e Armazém Nono Madiero, com vinho chileno (mas com rótulo de vinícola local, o que nos deixou tristes), comida típica italiana e panacota de sobremesa.

Bento Gonçalves

Depois de visitar duas vinícolas, passamos pelo pórtico, na entrada da cidade, para irmos ao Hotel Villa Deifiori. Hotel simples, um pouco afastado da cidade, quase às margens da BR, mas com muitos hóspedes. Soubemos que foi em função da visita do Presidente da República à cidade, que é conhecida como a Capital Brasileira da Uva e do Vinho, pioneira na produção de vinhos, naquela região.

Pórtico de entrada na cidade, que lembra um tonel.

A degustação na Vinícola Fontanari foi especial, pois foi lá que a proprietária nos deu sugestão para o nosso piquenique que não pudemos fazer na Miolo. Na degustação, experimentamos vinhos especiais, pois toda a produção é conservada em barricas de carvalho francês. Os novos sabores …. hum … saímos de lá com 5 garrafas de vinho. Como a vinícola está situada no alto de um vale, é possível ter uma vista do Caminho de Pedra, através do mirante.

A Casa Vitiaceri (conhecida como Casa das Cucas), é uma casa em madeira com mesas ao lado para atendimento ao público e a loja de pães, doces e cucas. A segunda foto é do piso superior, onde as pessoas podem aguardar a sua vez para o piquenique. Sim, havia uma fila aguardando uma vaga no gramado. Demos o nosso nome e ficamos aguardando no piso superior, por aproximadamente 1 hora e meia.

A Casa Vitiaceri oferece amplo espaço verde com mesas baixas e edredom com almofadas para sentar-se (que foram devidamente higienizadas, após a saída do cliente anterior). Escolhemos o Picnic Tradicional, que contém copa, queijo, salame italiano, pepino, três tipos de frutas, calda de chocolate, geléia, nata, nutella, uma deliciosa cuca de amora e pães caseiros fresquinhos.

Assim, curtimos uma tarde muito agradável e ensolarada nos gramados da Casa das Cucas. Na saída, compramos duas cucas para levar para casa.

Passeando na Maria Fumaça

Chamada de Trem do Vinho, a Maria Fumaça faz um percurso de aproximadamente 1 hora e meia, saindo de Bento Gonçalves, fazendo parada em Garibaldi (onde compramos uma caixa de espumantes) e finalizando em Carlos Barbosa. O percurso é muito animado com apresentações culturais e degustação de espumante e vinho.

Na chegada da Estação, cantores se revezam para recepcionar os turistas, com músicas italianas e gaúchas.

Chegando em Carlos Barbosa, havia um ônibus da Empresa Giordano (que opera os passeios da Maria Fumaça) à espera dos turistas para o retorno à Estação de Bento Gonçalves. Para encerrar o passeio, uma visita ao Parque Cultural Epopeia Italiana. A compra deste passeio foi feita pela Internet e o voucher trocado na Bilheteria da Estação.

Assim que saímos do trem, já fomos conduzidos à entrada do Parque, ali mesmo na Estação. Entramos nesta espécie de túnel onde estão expostos, documentos, fotos, roupas da época da imigração.

No final deste túnel, uma cortina se abre para um delicioso espetáculo, nos levando à entrada de um navio, um dos cenários.

Logo na entrada do navio, bancos disponíveis para assistir um curta-metragem mostrando a história de Rosa e Lázaro, um casal de imigrantes. Na sequência, a narradora vestida tipicamente, caminhando e fazendo pequenas paradas, vai narrando (em italiano e um pouco em português) sobre a história da imigração italiana. Os turistas a acompanham, nos cenários com coberturas em lona preta, iluminação e som com efeitos especiais e réplicas das casas da época.

A história vai transcorrendo e há uma magia no ar, pois tudo leva o turista a sentir-se como estivesse em terras italianas, de 1875. Os cenários mostram a rotina na Itália, a viagem de navio e a adaptação aqui no Brasil. Infelizmente não é permitido fotografar estes cenários. Apenas o último, onde é encerrado o passeio com degustação de biscoitos. É realmente uma viagem no tempo e foi com muita emoção que finalizamos este passeio.

Dia do Imigrante Italiano

Em 2008, foi instituída a data de 21 de fevereiro como o dia do Imigrante Italiano, para homenagear a chegada dos primeiros 386 imigrantes do Trentino (na época, pertencia ao Império Austro-Húngaro). Eles partiram do Porto de Genova, no navio La Sofia com destino à Vitória (ES), em 21 de fevereiro de 1874. Porém há uma polêmica, pois em 1836, já existia a Colônia Nova Itália em Santa Catarina, com imigrantes da Ligúria. Esta data é contestada, pois foi escolhida por um senador do Espírito Santo, sem que tenha tido amplas discussões com os outros Estados.

21 de fevereiro – dia do Imigrante Italiano

Chegada do meu trisavô

No dia 27/10, depois de quase um ano buscando um determinado livro sobre meus antepassados, consegui localizar a escritora, que por ironia do destino, mora muito próximo da minha casa. De posse do livro e na ânsia de devorar suas páginas, deixei meu curso de italiano um pouquinho de lado. Mergulhei na história sobre a imigração italiana, imaginando como foi para aquelas pessoas, deixar tudo para aventurar neste Brasil. Passados 143 anos da chegada dos meus antepassados, a autora revela que aproximadamente 3 mil pessoas são descendentes dos meus trisavôs Giovanni e Margherita, ele nascido em Maróstica, província de Dueville. Tinha 52 anos, quando saiu da Itália com esposa e seus 8 filhos e o sonho de construir uma vida melhor em terras brasileiras. Infelizmente após um ano da sua chegada, faleceu vítima da malária. Estes foram os pioneiros da família que chegaram no Brasil em 01 de abril de 1877.

Meu bisavô

Meu bisavô Domenico nasceu em Dueville no dia 27 de outubro de 1875, tinha um pouco mais de um aninho quando aqui chegou. Em 1897 aos 23 anos, casou com Cândida e tiveram nove filhos. Faleceu aos 64 anos quando meu nonno tinha 34. Marcos, (na foto) irmão mais velho de Domenico, segundo Lorena, teve grande importância na manutenção da família, após a morte de seu pai, assumindo as responsabilidades juntamente com sua mãe Margherita. Para isso, foi trabalhar na construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá.

Meus nonnos

Nonno, avô em italiano!!!! Assim, eu chamava meu avô materno. Ele era lavrador e casou aos 19 anos, em 18/06/1927, ficando viúvo 15 anos mais tarde. Teve 11 filhos com sua primeira esposa, falecida um pouco antes da minha mãe completar 5 anos e com sua segunda esposa, teve mais dois filhos. Como descendente de italiano, a mãe conta que ele falava alto e era bravo, mas eu não lembro. Alto e magro, cabelos brancos, apaixonado por cavalos, estava sempre sorrindo. Arrastava seus chinelos ao caminhar. Não tenho muitas lembranças dele, pois morávamos longe e as visitas não eram muito frequentes. Porém, quando íamos visitá-lo, ele parava tudo o que estava fazendo para nos dar atenção. Meu nonno viveu até os 85 anos e na ocasião dos seus 80, houve uma grande festa reunindo grande parte dos seus familiares. Ele se foi há 28 anos, logo depois que eu casei e tive muita sorte em tê-lo no meu casamento. Guardo com muito amor a foto deste dia, em que ele me olhava com muita ternura.

Meu nonno com seu cavalo

Algumas palavras sobre a imigração italiana

A imigração italiana aconteceu de 1875 até 1975, trazendo mais de 1.500.000 imigrantes para as cidades brasileiras. Muitos chegaram aqui com falsas promessas, foram iludidos. A música Mérica, Mérica, Mérica, de Angelo Giusti retrata bem o sofrimento e os sonhos daqueles que vieram, trazendo apenas a sua honra. Mas porque eles deixaram seu país? Devido a Unificação da Itália (período de guerras de independência na Península Itálica e que retardou o crescimento econômico e industrial) muitos habitantes imigraram para Argentina, Brasil e Estados Unidos, por questões de sobrevivência, especialmente daqueles que trabalhavam na zona rural. Este período ficou conhecido como a “Grande Imigração”, por isso temos até um dia dedicado totalmente a estes heróis, o dia do imigrante italiano comemorado em 21 de fevereiro. Segundo o Canal do Youtube “Itálica” estes imigrantes viajaram cerca de 40 dias em navio a vapor, superlotados e junto com animais, o que provavelmente causou doenças, epidemias e também mortes, por não haver assistência médica a bordo. Enfrentaram algumas vezes a falta de comida e alguns tiveram seu dinheiro, bagagens e passaportes roubados. Outros, foram abandonados em portos intermediários.

Chegaram pelo Rio de Janeiro e Santos. Devido as doenças e pelo controle sanitário, precisaram ficar em quarentena nas hospedarias destinadas a recebê-los. Somente depois deste período, puderam seguir seus caminhos. Aqueles que vieram para a Região Sul, pegaram embarcações menores. Pesquisas mostram que foi um período muito difícil e sofrido. Tentei imaginar meus antepassados passando por tais situações, trilhando caminhos difíceis. Sonhadores, corajosos e cheio de garra, encararam as dificuldades para sobreviver em um país que não era o deles e ainda assim, muitos prosperaram e contribuíram na construção de novas cidades, de um novo Brasil. Só temos que nos orgulhar dos nossos antepassados, nossos heróis. Hoje somos mais de 30 milhões de descendentes espalhados por aí e tenho muito orgulho de ser ítalo-brasileira.

Filme A árvore dos tamancos

Com as pesquisas sobre a cultura da Itália, tomei conhecimento do filme italiano “A árvore dos tamancos” dirigido por Ermanno Olmi (1978). Este filme ganhou o prêmio Palma de Ouro como melhor filme no Festival de Cannes. Um filme comovente e triste que mostra de maneira realista a vida humilde de famílias camponesas que vivem e trabalham numa granja, na região de Bérgamo (na Itália), no final do século XIX. Um dos filhos da família, muito inteligente, vai para a escola, diferentemente das outras crianças que apenas ajudam nas tarefas da lavoura. A escola fica a 6 km de distância, e em determinado momento, ele fica sem sapatos. Filme longo, mas imperdível.

Fuso horário

Quando moramos fora, o primeiro mês é empolgação, fase de conhecimento e adaptação, depois vêm a rotina e a saudade da família e amigos. O mais difícil é querer falar com a família, dentro do seu horário com suas rotinas e não conseguir por causa do fuso horário. Como era verão no Brasil, estávamos com uma diferença de 5 horas, portanto durante minhas caminhadas, que seria o tempo para vídeos e conversas com meus entes queridos, isso não era possível. Olhar o celular e não ter nenhuma mensagem é muito triste, é chato. A hora que seria possível para mim, uns estavam dormindo ainda e outros acordando para irem ao trabalho. E a noite quando todos podiam, eu estava indo para a cama. Difícil conciliar horários, estava sempre torcendo para chegar o fim de semana.

Eleição na Itália

Diariamente eu vejo as lives do Fabio Barbiero, onde ele lê os jornais com as notícias da Itália, então fiquei sabendo sobre o Referendum Costituzionale para reduzir o número de parlamentares no governo. De acordo com a legislação italiana todo cidadão italiano tem o direito e obrigação de votar nas eleições de seu país e aqueles que moram no exterior, como no meu caso, podem votar por correio. Não achei que faria isso tão rápido e no início de setembro recebi meu envelope do Consulado com as instruções e a minha cédula eleitoral. Foi uma emoção votar pela primeira vez. Bastava preencher a cédula e encaminhar pelo correio ao Consulado. Simples assim e dever cumprido.

Hatfield e Cambridge (Inglaterra)

No dia 30 de maio de 2019, saindo um pouquinho da Itália, fomos visitar nossa amiga Betina e seu namorado em Hatfield, próximo a Londres. Duas horas de trem de Mantova à Milano Centrale e mais um percurso de 40 minutos até Bérgamo. Ali na Estação, fizemos um lanche no lotado McDonald’s e um trajeto de 20 minutos num ônibus especial direto ao aeroporto, onde compramos chocolates para presentear nossos amigos e anfitriões.

Voando pelo Ryanair (18:40) sobrevoamos os Alpes Suíços. Sabe aquela hora em que você simplesmente para e não pensa em mais nada? Fiquei encantada com a vista que se descortinou, através da pequena janela do avião. Nem sei dizer quantos minutos foram, mas foi um momento mágico que não tem palavras para descrever, apenas dizer que quase todos os passageiros estavam nas janelinhas observando e filmando. Acho que ainda não vi algo mais lindo…

É muita beleza. Imagens guardadas na minha memória

Nossos amigos foram nos buscar no aeroporto e no dia seguinte, eles foram trabalhar, então fomos “turistar” em Londres. Saímos às 9 horas, de Uber até a Estação e pegamos o trem para a Estação King Cross.

Fizemos uma caminhada de 40 minutos no Hyde Park e fomos até o Palácio Kensington, onde lanchamos na área externa. Voltando pelo parque, passamos no Palácio de Buckingham e pelo Green Park.

Ainda a pé até Westminster, passamos pelo Big Ben (sem foto) que estava coberto devido aos trabalhos de restauração. De metrô, chegamos na Tower Bridge e sentamos para descansar. Em seguida, visitamos algumas lojas de artigos esportivos na Trafalgar Square e finalizamos com um café no Starbucks.

Retornamos à Estação King Cross para pegarmos o trem para casa e à noite, jantamos no restaurante brasileiro Terra Brazil Brazilian Rodizio, com a nossa comida típica muito boa.

Meus amigos moram em um bairro muito tranquilo, a 40 minutos de Londres. As fotos abaixo são da casa e bairro onde estivemos hospedados.

Iniciamos o dia seguinte com um farto e delicioso café e depois de ir ao correio, farmácia, feira e mercado, fomos conhecer Cambridge, já na hora do almoço.

O passeio de barco

Na chegada à Cambridge, fomos lanchar no Revolution Cambridge e depois fizemos o passeio de barco pelo River Cam. Alugamos um barco de madeira (com os coletes) num local agradável, com muitas pessoas sentadas nos bares à margem do rio, na grama, aproveitando o dia ensolarado e de temperatura agradável. Optamos por não ir com guia, então o Le o James remaram com o bastão, se bateram um pouquinho até pegar o jeito, mas depois, aproveitamos. Passamos nos fundos dos prédios de escolas e faculdades e fizemos até uma breve parada.

Finalizamos o passeio com um chopp no Pub The Anchor e depois fomos caminhar pelas ruas passando por igrejas, escolas, universidades e prédios maravilhosos. Abaixo, o prédio da Queen’s College e a fachada da igreja anglicana Great St Mary’s.

Era outono e o clima estava muito agradável com muitos jovens universitários e turistas passeando pelas ruas. Abaixo a famosa faculdade King’s College, da Universidade de Cambridge.

O chá inglês

Não foi possível tomar o tradicional chá inglês, aquele com os famosos doces na torre tripla, pois o local estava fechado, então fomos no Prezzo Ristorante e saboreamos a única opção disponível, pois já era final de tarde. Mas valeu super a pena. Chá delicioso e experimentei o famoso bolinho que aparece ali na foto (massa doce com uva passa) que dizem ser o preferido da Rainha. Mas o toque especial mesmo é passar o Clotted Cream, um tipo de manteiga de nata, tipicamente inglês e acompanha também uma geleia.

Finalizamos nosso sábado com comida chinesa, entregue em casa. No dia seguinte, tivemos um domingo tipicamente cinzento e nosso breakfast inglês, preparado pelo amigo James (foto abaixo) foi próximo do meio dia, depois optamos por passear no shopping e à noite, jantamos frango com molho inglês.

No dia seguinte, às 04:30 da manhã, hora do adeus e rumo ao aeroporto. Minha amiga nos presenteou com uma caixa de lembranças com lápis, maquiagem, chá, bolacha e um cartão, que só vimos quando chegamos aqui. No aeroporto, um café no Harris Hole e no Duty Free, compramos três toblerones para dar fim nas cobiçadas e caras libras esterlinas. Depois de 2:15 de voo, chegamos em Bérgamo.

Um passeio rápido, mas bem aproveitado, pois além de matar as saudades dos amigos, conheci mais uma cidade universitária inglesa, ampliando minha bagagem de conhecimentos.

Conhecendo as delícias da Itália

Piadina

Sabe aquelas refeições rápidas, mas com experiência gourmet? Foi assim, comendo fast food, que experimentei uma das massas mais tradicionais da Itália, a Piadina. Típica da região Emilia-Romagna, a piadina é uma massa simples, como a de pizza, porém mais fina, que recebe tipos diferentes de recheios, feitos a partir de queijos selecionados, molhos e legumes frescos e carnes curadas italianas, que propicia um sabor incrível ao paladar. O mais comum é a piadina de queijo e presunto cru, mas há opções vegetarianas também, com abobrinha, berinjela, rúcula e outros. Há também massas integrais, que foram as minhas escolhas. Uma experiência única, que só tive o prazer de saborear, poucos dias antes do meu retorno para o Brasil.

Sorvete ou gelato?

Tem diferença sim gente, não tem como negar. O gelato da Itália é algo surpreendente. Eu AMOOO e olha que não sou fã de sorvetes, mas os gelatos italianos me pegaram pelos olhos e pelo estômago. E a diferença é comprovada pela sua composição, na cremosidade, tem pouquíssima gordura e açúcar, não contém conservantes e é feito com ingredientes fresquíssimos, fazendo toda a diferença, para mim. O gelato é tão popular por lá, que é apreciado até nos dias mais frios de inverno. Em Bolonha existe o Museu do gelato, que é também uma fábrica de equipamentos para sorvetes e também escola que oferece cursos para o mundo inteiro. Não tivemos tempo para visitar este espaço, na ocasião da nossa visita por lá. Em San Gimignano, existe a Gelateria Dondolli que já foi eleita como a melhor do mundo por quatro vezes consecutivas. Tem um post que comento um pouquinho sobre esta gelateria, pois tivemos a oportunidade de conhecê-la.

Spritz

Fazendo minhas pesquisas sobre os costumes da Itália, descobri num destes blogs de viagem, que o Spritz, um aperitivo de cor laranja, é o coquetel mais conhecido por lá. Pois bem, disse a mim mesma que precisava experimentar o famoso aperitivo, mas como fiquei muitos dias na montanha, sem ir a um happy hour de verdade, acabei esquecendo da tal bebida. Então, num final de tarde, após um cafezinho lá no Bar da Loretta, quase indo embora, olhei um pouco acima de alguns avisos atrás do balcão… e lá estava… a propaganda do spritz, num minúsculo quadro negro disponível bem ali no bar que eu já havia estado tantas vezes e não observei a propaganda. Então, experimentei o coquetel pela primeira vez, acompanhado de Ruffles apenas.

O aperitivo é feito à base da bebida italiana que se chama Aperol, vinho branco frizante (prosecco) e água com gás. A partir daí, quando já estava turistando pela Itália, em qualquer bar por onde passava nos finais de tarde, eu via a famosa bebida alaranjada. E ela passou a fazer parte da minha lista de bebidas preferidas.

Na Itália, quando vai ao bar num fim de tarde para saborear uma bebida, é comum que esta venha acompanhada de algum petisco que pode ser pizzas em pedaços, ruffles, pipoca, salame, amendoins, enfim, sempre acompanha algo. A bandeja com os aperitivos da foto, acompanhou meu spritz lá em Bréscia, num domingo ensolarado.

Seu nome é Betina

Os amigos, mesmo ausentes, estão presentes.

Cícero

Nesta tarde cinzenta de outono, resolvi escrever sobre uma pessoa que fez parte da minha vida, durante a estadia na cidade de montanha. Minha amiga Betina que já a mencionei algumas vezes em outros posts. Com as palavras do grande filósofo romano Cícero, confirmo que minha amiga, apesar da distância, está presente nos meus pensamentos, diariamente. Coincidência ou não, (só atentei para a data, após o início do texto), há exatamente um ano atrás, nós estávamos na sua casa em Hatfield, para uma visita, desde que nos despedimos da montanha.

No grupo denominado cidadania, criado pela nossa assessora, ela perguntou se alguém gostaria de ir à missa. Marcamos encontro em frente ao comune, num dia de friaca nervosa e fomos à igreja. Nossa amizade começou assim, chegando aos poucos. Esse foi nosso primeiro contato, vindo na sequencia uma bela amizade.

A comemoração do Natal foi na sua casa (a poucos metros da minha) e a minha festa surpresa de aniversário também. Foram muitos almoços, cafés, jantares e alguns passeios. Numa cidade distante e longe dos nossos familiares, fomos companhia uma para a outra. Nos víamos quase todos os dias, na casa dela, na minha e nos passeios. Na semana em que Le e Ana (esta moça morou comigo) viajaram, ficamos ainda mais próximas. Foram muitas conversas francas, sem armaduras e sem medo de expressar opiniões. E amizade é isso, é não usar máscaras, é ser verdadeiramente quem somos.

Esta foto, é do prédio em que ela morou, primeiro andar à direita. Saudades dos nossos encontros! Comendo, conversando, rindo, assistindo e ouvindo clipes musicais italianos. Ah e o seriado Tu, que “maratonamos” em dois dias de neve e muito frio.

Betina é uma pessoa linda por dentro e por fora. Uma moça que poderia chegar em determinado lugar e causar impacto pela sua beleza, porém é a sua humildade, que a torna ainda mais bela. Uma moça que tem luz própria, brilha sem precisar de esforço, simples e de uma generosidade imensa, sempre disponível para ajudar quem precisar. Cativa com sua voz meiga e suave.

Muito alegre, às vezes parece distante, mas eu a entendo. Sendo jovem, deve pensar muito no seu futuro. Batalhadora, pois aos 23 anos, fala inglês e seu sonho desde menina, era morar na Inglaterra, país que ama de paixão, segundo suas palavras. Por isso, foi estudar e buscar o reconhecimento da sua cidadania italiana a fim de abrir portas para o seu futuro, correu atrás dos seus sonhos e vem realizando-os com sua força e determinação. Desde que saiu da Itália, está morando na Inglaterra e dia a dia, vem trilhando caminhos de aprendizados.

Uma mulher de coragem, que se teve medo durante este percurso, soube dominá-lo e isso a faz uma grande pessoa. Iluminada e de fé, pois várias vezes, ela me disse que diante de qualquer problema, devemos entregá-lo nas mãos de Deus e confiar nele na certeza que tudo se resolverá. Sábias palavras para uma jovem começando sua vida, mesmo longe da família, mas alicerçada pela sua fé. Digo com certeza, que foi uma das melhores pessoas que já conheci, a carregarei para sempre no meu coração e não esquecerei os momentos que passamos juntas na nossa amada Itália.

“Longas amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias.”.

William Shakespeare

Viajar

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu

Foi nos versos de Fernando Pessoa, que em período de quarentena, viajei no tempo, revendo fotos de diferentes viagens, (Inglaterra, França, Itália, Portugal, Suíça e Espanha) que me trouxeram muitas recordações. Meu Deus, como é BOOOOMMM viajar. Então me debrucei um pouco sobre isso e comecei a observar reações diferentes de alguns colegas. Por que será que viajantes tem diferentes visões do que é a ação “viajar”? Uma colega sente o prazer pela viagem, mas chegando no destino, já pensa na sua casa e no seu retorno; outra, vai por ir, para dizer que foi, mas sem ter aquela expectativa do que acontecerá no percurso; outra vai na empolgação. De maneira geral, as pessoas querem viajar, mas não o fazem por diferentes razões: falta de tempo, de grana, barreira linguística e acabam deixando seus sonhos de lado.

Aos 54 anos, aprendi que nossos sonhos podem e devem ser realizados sim, não importa o quanto precisemos nos esforçar. É preciso ter a forte convicção do nosso desejo e gritar aos quatro cantos que é possível. Aprendi a planejar minhas viagens e quando tenho um projeto, coloco todo meu coração e entro de cabeça na sua execução. Planejamento, pesquisa, economia e preparo psicológico. Sim, porque viajar para outros países haverá momentos de pedir informações em pontos turísticos, hotéis, restaurantes, aeroportos, enfim… e como não domino nenhuma língua estrangeira, apenas o básico de inglês e italiano e intermediário de francês, então é preciso preparar-se psicologicamente também, pois nunca sabemos as reais situações que passaremos em terras distantes da nossa. E quem não tem fluência, na hora de comunicar-se, vem o famoso “travei na hora de falar” ou “ai meu Deus, como é isso mesmo”? Mas isso não pode jamais, ser um empecilho para a realização dos nossos sonhos. Não é a toa que os brasileiros viajam muito, não é mesmo? Porque não deixam seus sonhos de lado, vão em frente, mesmo que seja com mímicas ou com o celular nas mãos usando o google tradutor. Vale tudo!!! Comecei com Fernando Pessoa e termino com uma bela citação do Amyr Klink. Então chega de sonhos e bora viajar?

Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir.” (Amyr Klink)