Considerada a cidade mais italiana do Brasil, Nova Veneza preserva a cultura, os costumes e as tradições, trazidas pelos imigrantes italianos, chegados na região em 1891.
Porta de entrada na cidade, feita em pedra. Nas laterais, dois caldeirões, lembrando onde os italianos preparavam a polenta. Na parte superior, uma escultura do Leão de São Marcos, símbolo de Veneza.
Vinícola Borgo
Localizada num castelo de pedras, com a belíssima vista rural, degustamos vinhos, sucos e licores, produzidos artesanalmente pela família. Local simples, mas que rendeu belíssimas fotos. Após as degustações, levamos para casa os tintos Assemblage e Alicante, o branco Goethe e o tradicional espumante Moscatel, saboreado na sacada do nosso hotel.
Casas de pedra
São 3 casas de barro e pedra de basalto, feitas pelos primeiros imigrantes italianos na região, em 1891. Na visita, vimos as dependências com móveis, quadros, ferramentas e utensílios da família. Segundo Rosemeri (guia), a cozinha ficava separada do restante da casa, pela preocupação de que a casa pudesse pegar fogo à noite. Na foto abaixo, a primeira casa funcionava apenas como cozinha. Na segunda casa (sobrado), ficavam a sala, os quartos na parte superior, o sótão, celeiro e a estrebaria.
Segundo o IPHAN (SC), “estas três casas formam um conjunto de casa-de-pedra classificados como excepcional, pois não há na América Latina um conjuntos de casas como estas e no mundo são raríssimas”, por isso são tombadas como Patrimônio Histórico Nacional e Patrimônio Arquitetônico do Estado.
As flores
A pequena cidade chama a atenção pelas casas (muitas em pedras) e seus canteiros floridos pela Alamanda, considerada a flor símbolo do município.
A gôndola
Situada no lago, junto a praça Humberto Bortoluzzi, está a gôndola Lucille, doada ao município, vindo diretamente do Vêneto, na Itália. É só chegar, sentar e fotografar, (se não tiver filas) e o melhor, é gratuito. É o ponto turístico mais visitado da cidade.
Na comemoração do centenário da colonização, a cidade ganhou um monumento, sendo uma roda d’água e ao lado numa parede de concreto, uma lista com os nomes das famílias italianas que chegaram neste pedaço de paraíso. Também consta ali, o hino do imigrante. Esta roda está localizada junto à gôndola.
Ponte dos namorados
A Ponte Dei Morosi é uma passarela para pedestres, sobre o Rio Mão Luzia. Ali, também os apaixonados podem eternizar seu amor, pendurando os cadeados.
Museu do Imigrante
Localizado na casa mais antiga de Nova Veneza, o museu expõe objetos dos imigrantes italianos, remetendo a cultura e a tradição, seja no aspecto religioso, na vida do dia-a-dia, no trabalho e na roça.
Igreja São Marcos
Localizada ao lado do Museu, está a Igreja Matriz, uma homenagem ao padroeiro de Veneza (Itália). O teto da igreja foi pintado pelo italiano Pedro Cechetto.
A foto abaixo apenas nos faz imaginar como deve ser o Carnevale di Venezia, que acontece durante a Festa da Gastronomia, anualmente e no momento suspensa pela pandemia. Segundo o proprietário da loja de souvenires, centenas de pessoas percorrem a praça e a rua dos Imigrantes, devidamente caracterizados de máscaras e trajes antigos. O baile de máscaras acontece no Pallazzo delle Acque.
Gastronomia
Há vários restaurantes com as delícias da comida típica italiana e mesa farta. Nos deliciamo no Ristorante Veneza, o mais tradicional da cidade, desde 1958.
Para nos despedirmos da cidade, um jantar para lá de especial na Casa do Chico Galeteria & Pizzaria. Um restaurante ainda mais charmoso do que o Veneza, onde comemos pizza e “galeto al primo canto”, muito saboroso. Nunca comi um galeto tão gostoso.
Caravaggio
Chegamos em Nova Veneza, pelo bairro de Caravaggio, distante a 6 km da cidade e nos surpreendemos com um belíssimo cartão postal. Mais um monumento que reflete a história da fundação da cidade pelos imigrantes. No lado esquerdo da foto, numa placa de aço, há texto homenageando os imigrantes italianos que fundaram o distrito e que trouxeram a sua religiosidade e devoção que dá nome a Caravaggio.
Santuário Nossa Senhora de Caravaggio
Local aconchegante, de oração e paz interior! Atrás do altar, há uma gruta com água de fonte natural, aos pés de Maria. Nos hospedamos no Hotel Dolomiti, bem na frente desta Igreja. Da sacada do quarto, víamos esta bela arquitetura.
Aguaí Santuário Ecológico
Seguindo a dica do pessoal da Vinícola, fomos almoçar neste “paraíso”, um grande atrativo turístico, em Siderópolis, há 7 km de Nova Veneza.
Rio para a prática de caiaque e pedalinho, anfiteatro (segunda foto) com caixas de som tocando somente músicas italianas “em alto e bom tom”, estátuas e pontes de pedra, trilhas, hortas. Tivemos a oportunidade de ver o pavão com suas imensas asas coloridas. Fizemos uma trilha de 900 metros até o mirante com vista para a Represa.
O típico do almoço italiano tem arroz, carne de gado ensopada com molho ao vinho, costelinha de porco, fortaia (típico da região, uma espécie de omelete mais saborosa), galinha ensopada, polenta, além de mandioca, massas, minestra, queijo colonial, salame, saladas e sobremesas e torresmo.